Hoje vou tentar falar um pouquinho de Elis Regina, o que é uma enorme responsabilidade, pois arrisco dizer que Elis é uma das, ou mesmo a melhor cantora da Música Popular Brasileira, com uma das vozes mais belas e únicas que já ouvi em toda minha vida.

Elis Regina gravou alguns álbuns, mas não conseguiu ser reconhecida. Foi somente em 1965, em um programa de TV, interpretando “Arrastão”, de Vinícius de Morais e Edu Lobo, que ela tornou-se uma das maiores revelações musicais de todos os tempos.

O auge de sua carreira ocorreu durante os anos de 1970, o que fica claro com o lançamento do EP Elis & Tom em 1974, consagrando um dos maiores trabalhos artístico-musicais brasileiros de todos os tempos.

A cantora também foi engajada na política, principalmente nos protestos, através da música e arte, contra a ditadura civil-militar ocorrida no Brasil entre os anos de 1964 e 1985. Um exemplo é a interpretação da música “O Bêbado e a Equilibrista”, que acabara por tornar-se um hino pela anistia dos exilados pela cruel ditadura ao mencionar “... meu Brasil, que sonha com a volta do irmão Henfil, com tanta gente que partiu num rabo de foguete...”.